terça-feira, 31 de março de 2009
Livro Cabeça Oca no Mundo de Cora Coralina
O Autor de quadrinhos Christie Queiroz, lança mais uma livro do seu famoso e querido personagem infantil Cabeça Oca, o Livro, CABEÇA OCA NO MUNDO DE CORA CORALINA é o 12º livro do autor, e o primeiro livro literário do autor e sua turminha.
O livro tenta retratar a vida da poetisa Cora Coralina uma das grandes poetisas de Goiás. Queiroz é vencedor do Aquino Porto/Abigraf de Melhor Livro Infantil 2005, SND (Society News for Design) 2005 e finalista do HQ MIx, o oscar dos quadrinhos em 2006 (melhor livro infantil) e 2007 (melhor livro e melhor publicação de tiras). Christie Queiroz já publicou a Coleção Cabeça Oca, 8 livros de quadrinhos, e Mariana em Série, e livros de poesia para crianças, com vendas chega a 40 mil exemplares somente em Goiás. O novo livro tem prefácio da jornalista Ana Maria Tahan (Jornal do Brasil e Programa do Jô). O livro estará nas livrarias no dia 20. O lançamento acontece no Buffet Infantil O Gato de Botas na Avenida Portugal, Setor Marista, a partir de 20 horas. O evento contará com a presença de Vicência Bretas Tahan, filha de Cora Coralina, e reserva muitas surpresas. A principal delas é o lançamento da grife "Cabeça Oca & Mariana" com desfile para exibição dos produtos, entre eles bonés, camisetas e vestidos com a turminha.
Ainda no evento será exposta uma construção cenográfica de um detalhe da Cidade de Goiás: a rua onde Cora morava, a casa e a ponte do Rio Vermelho.
O autor, que levou mais de dois anos pesquisando e elaborando este trabalho contou com a colaboração de Vicência, a filha de Cora, para encontrar detalhes da vida da poetisa e com o apoio de Carlos Costa, um exímio desenhista.
O livro é publicado com recursos da Lei Goyases de Incentivo à Cultura e tem patrocínio do Fujioka.
“Cabeça Oca e Pião tem um trabalho escolar para fazer: Cora Coralina é o tema, o que deixa os dois bastante apreensivos. De uma maneira misteriosa o encontro entre eles acontece. Cora Coralina e Cabeça Oca frente-a-frente. Como tirar proveito deste encontro inusitado? A turma dos quadrinhos goianos que faz o maior sucesso com a garotada apresenta ao público a poetisa maior de Goiás.” Christie Queiroz.
Outras informações e contato:
http://www.cabecaoca.com/http://blogdocabecaoca.blogspot.com/
cabecaoca@globo.com
e encontrei uma matéria interessante, assinada pela Chef de Cozinha Cristina Brayner
http://cybercook.terra.com.br/culinaria-cora-coralina-cozinheira-quituteira-e-mae.html?codmat=277
LINDOS POEMAS DE CORA CORALINA
POEMAS DE CORA CORALINA
Assim eu vejo a vida
Cora Coralina
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duromas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
www.releituras.com/coracoralina_vida.asp
Mascarados
Cora Coralina
Saiu o Semeador a semear
Semeou o dia todo
e a noite o apanhou ainda
com as mãos cheias de sementes.
Ele semeava tranqüilo
sem pensar na colheita
porque muito tinha colhido
do que outros semearam.
Jovem, seja você esse semeador
Semeia com otimismo
Semeia com idealismo
as sementes vivas
da Paz e da Justiça.
www.releituras.com/coracoralina_mascarados.asp
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu, quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer, não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas deste pequeno poema,
o verso; o tão famoso e inesperado verso
que te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...
"Poeminha Amoroso"
Cora Coralina
Lindo demais
Coração é terra que ninguém vê
Quis ser um dia, jardineira
de um coração - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingratanada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa sementea gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra durada ingratidão
Coração é terra que ninguém vê- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,- teu coração.
Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
Cora Coralina
“Humildade"
Senhor, fazei com que eu aceite minha pobreza
tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada caindo mansa,
longa noite escura numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita, minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão, pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha debaixo do meu fogão
de taipa, e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”
Cora Coralina
www.pensador.info/p/os_melhores_poemas_de_cora_carolina/1/
segunda-feira, 30 de março de 2009
Prêmios, Títulos e Homenagens
Cora Coralina publicou vários livros, recebeu prêmios, condecorações e homenagens, conforme cronologia abaixo:
1907, foi redatora do jornal “A Rosa”, juntamente com Leodegária de Jesus, Rosa Coutinho, Alice Santana e outras escritoras.
1910, publicou seu primeiro conto no Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do estado de Goiás, o título: “Tragédia na Roça”, quando se tornou conhecido o pseudônimo Cora Coralina.
1965, já com 76 anos de idade, publicou seu primeiro livro “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais”, pela editora José Olímpio.
1980, seu nome foi incluído entre as dez mulheres do ano das letras nacionais, no Rio de Janeiro.
1981, recebeu o Troféu Jaburu do Conselho de Cultura do Estado de Goiás.
1983, recebeu o título de Doutora Honoris Causa, da Universidade Federal de Goiás, Egrégio
Conselho Universitário pela Reitora Maria do Rosário Cassimiro.
1984, recebeu em São Paulo o Troféu Juca Pato da União Brasileira de Escritores (UBE). Prêmio este que foi concedido a grandes nomes como: Cassiano Ricardo, Caio Prado Jr, Érico Veríssimo, Jorge Amado, José Américo de Almeida, Luís da Câmara Cascudo, Sérgio Buarque de Holanda, Paulo Bonfim, Carlos Drummond de Andrade, Rachel de Queiroz, Otavio Ianni, entre outros.
1984, é condecorada com a Comenda de Ordem do Mérito do Trabalho pelo Presidente da República, João Batista de Figueiredo, por sua pertinácia em prol das causas justas e do progresso cultural de Goiás.
/www.casadecoracoralina.com.br/premios.html
O discurso poético de Cora Coralina perpassa uma história de vida que está preservada no Museu Casa de Cora Coralina – sua casa secular de família, às margens do Rio Vermelho, na cidade de Goiás. A Casa Velha da Ponte mantém acessível sua memória, pois os interiores dessa casa ancestral vêm recebendo pessoas que entram e saem, buscando conhecer Cora Coralina.
A CASA DE CORA CORALINA
A Associação Casa de Cora Coralina, é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, com o objetivo imediato de lutar pela preservação da vida e da obra de Cora Coralina. O museu foi inaugurado em 1989 e nos estatutos aprovados constam como finalidades: “projetar, executar, colaborar e incentivar atividades culturais, artísticas, educacionais e filantrópicas visando, sobretudo, à valorização da identidade sociocultural do povo goiano, bem como preservar a memória e divulgar a obra de Cora Coralina”.
O ACERVO
A constituição do acervo da Casa de Cora Coralina é um projeto de organização e acumulação de vários dos tempos da vida da poeta, formando um arquivo geral de objetos, imagens e discursos preservados para evocar Cora e promover sua imortalização. No museu há diversos tipos de materiais, todos organizados, e de fácil acesso aos turistas, com o intuito de preservar a memória da poetisa em simbiose com a comunidade de Goiás. Há desde peças de roupas, até fotos, utensílios domésticos, livros, móveis e cartas, no interior da casa; além do jardim nos fundos, e da bica de água potável.
www.casadecoracoralina.com.br/museu.html
Até o grande poeta Carlos Drummond de Andrade admirava e respeitava a querida Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, vale a pena ler...
CARTA DE DRUMMOND A CORA CORALINA
Rio de Janeiro, 7 de outubro de 1983.Minha querida amiga Cora Coralina: Seu "VINTÉM DE COBRE" é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia ( ...). Não lhe escrevi antes, agradecendo a dádiva, porque andei malacafento e me submeti a uma cirurgia. Mas agora, já recuperado, estou em condições de dizer, com alegria justa: Obrigado , minha amiga! Obrigado, também, pelas lindas, tocantes palavras que escreveu para mim e que guardarei na memória do coração.O beijo e o carinho do seu Drummond.
Vamos conhecer um pouquinho da casa de Cora Coralina, a casa da ponte
A construção apresenta características típicas da arquitetura residencial desenvolvida no Brasil colônia. Composta por duas residências unidas por um único telhado, a construção de madeira tem paredes de pau-a-pique e adobe, criando asim, uma muralha de segurança contra as águas do Rio Vermelho.
A Fundação Cora Coralina montou em uma parte da casa um museu dedicado à memória da escritora. Lá funciona também um miniauditório e a sede regional do Pró-ler.
Conheça a vida e obra da escritora Cora Coralina.
domingo, 8 de março de 2009
http://www.youtube.com/watch?v=RuPsJa8gWRU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=D4dzAcIy5dg&NR=1